Quarta vez em Itália, primeira vez em Milão. E primeira vez dos meus filhos dentro de um avião.
Planeámos esta viagem durante meses. Não lhes contámos nada. Avisei-os de que íamos passear uns dias pelo Norte, mas não dei mais detalhes. Autorizei uma mochila a cada um, com a desculpa de que íamos andar com um carro pequeno onde não cabia nada. Ele nem desconfiou. Ela, mais sabida, ainda mandou uma boca sobre não querer embarcar num avião apenas com uma mochila. Rebati com a minha história sobre o micro carro e a coisa passou.
Quando entrámos no aeroporto, perceberam ao que íamos. Mas ainda estavam longe de imaginar o destino. [No Natal, sem nós guiarmos a conversa, eles acabaram a concluir que queriam ambos ir a Milão. Mal eles sabiam que a viagem estava marcada há meses…]
Foram dias de quilómetros nas pernas e narizes no ar. Apanhámos chuva, mas nada dramático. Ele vibrou com o estádio Guiseppe Meazza in San Ciro (sim, o estádio tem mesmo este nome, apesar de os adeptos do AC Milan lhe chamarem Giuseppe Meazza e os do Inter, San Ciro), eu vibrei com a felicidade dele. Fomos ao Lago di Como e subimos de funicular até Brunate. Deslumbrámo-nos com a catedral de Como e com a eficiência dos comboios italianos. Não entrámos no Duomo, em Milão, mas passeámos nas Galerias Vittorio Emanuele II. Comemos um gelado algures perto da estação central, e umas pizzas maravilhosas no Mercado da estação. Voltámos cansados, mas não é disto que de fazem as melhores viagens?
[Ainda assim, para mim, Roma será sempre Roma e Florença tem o meu coração. Duvido que volte a Milão, mas conto voltar mais vezes a Roma, a Florença, a Veneza. E quero conhecer a costa Amalfitana, Cinque Terre, Verona e Padova. Não me importo de regressar a Pisa, embora aquilo se veja em meia hora - e, ao contrário da crença generalizada, não é só a torre que está torta; a catedral também está. Itália podia muito bem ser a minha segunda casa. Não sei se já estive noutro sítio onde me sinta tão à vontade como ali. E não me importava nada de passar os anos de reforma algures por Itália…]
Fiquei extremamente feliz por este post, além das palavras. Mais uma conquista, Lénia, MAIS UMA CONQUISTA!
Acrescenta Siena!